Após ser infetado com Covid-19, primeiro-ministro russo reassume funções

O primeiro-ministro russo reassumiu hoje as suas funções, após ter sido infetado pelo novo coronavírus, no dia que o país registou 9.263 novos casos de covid-19 e ultrapassou as 2.800 mortes.

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Lusa
19/05/2020 10:59 ‧ 19/05/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

O primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, retomou hoje todas as suas funções, de acordo com um decreto do Kremlin, quase três semanas após a sua hospitalização devido à contaminação pelo novo coronavírus.

O decreto do Presidente russo, Vladimir Putin, colocou fim às funções de Andrei Belooussov como chefe de Governo interino, cargo que assumiu provisoriamente em 30 de abril, e restabeleceu os poderes a Mikhail Mishustin.

De acordo com as informações do gabinete de crise que faz a gestão dos efeitos da pandemia na Rússia, os novos casos de covid-19 foram detetados em 83 das 85 regiões do país.

A Rússia registou hoje 9.263 novas infeções por covid-19, elevando o número total de infetados para 299.941 pessoas no país.

Ao mesmo tempo, foram registadas 115 mortes pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, elevando o número de mortos para 2.837, de acordo com os dados oficiais.

Moscovo continua a ser o epicentro da infeção na Rússia, acumulando quase metade dos casos, com 149.607, 3.545 deles diagnosticados num dia.

É o quarto dia consecutivo em que a Rússia, o segundo país do mundo em número de casos confirmados de covid-19, atrás dos Estados Unidos, tem menos de 10.000 infetados por dia.

Enquanto isso, o número de pessoas recuperadas da infeção desde o início da emergência sanitária na Rússia é de 76.130 pessoas. Um total de 31.496 pacientes conseguiu superar a doença em Moscovo, segundo as autoridades locais.

As autoridades afirmam que o país conseguiu retardar o avanço da covid-19 e estabilizar a propagação da doença em muitas regiões, embora reconheçam que a situação varia consoante o território, pelo que os responsáveis diretos pela imposição de medidas contra o novo coronavírus devem ser os próprios governadores.

Em 12 de maio, algumas regiões russas começaram gradualmente a suspender algumas das restrições impostas pela pandemia de covid-19 para reativar as suas economias.

Mas devido à situação epidémica em Moscovo, as autoridades da capital decidiram prolongar o confinamento de seus habitantes até o final do mês, embora permitissem que meio milhão de pessoas ligadas aos setores de construção e indústria voltassem ao trabalho.

Hoje, o gabinete do autarca da capital russa informou que 99% das empresas industriais de Moscovo reativaram o seu trabalho após 12 de maio.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 316.000 mortos e infetou mais de 4,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,7 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.231 pessoas das 29.209 confirmadas como infetadas, e há 6.430 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

 

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