Regina Duarte abandona comando da Secretaria da Cultura

A atriz assumiu a pasta a 4 de março e pouco mais de dois meses depois está de saída. Mas assumirá novas funções, como revelou o próprio presidente do Brasil num vídeo em que surge ao lado de Regina Duarte.

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Ana Lemos
20/05/2020 14:15 ‧ 20/05/2020 por Ana Lemos

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Regina Duarte, que assumiu a pasta da Cultura a 4 de março com a missão de "pacificar" o setor, está de saída, avançou o próprio presidente brasileiro no Twitter, acrescentando que a atriz deixa o cargo de secretária especial de Cultura para assumir o comando da Cinemateca Brasileira, com sede em São Paulo, e que é tutelada pela mesma secretaria.

Num vídeo publicado há poucos minutos na página de Jair Bolsonaro na rede social Twitter, o presidente brasileiro surge ao lado de Regina Duarte justificando que ela "sente falta de sua família", e que, por isso, e para que "possa continuar contribuindo com o Governo e a Cultura Brasileira assumirá, em alguns dias, a Cinemateca em SP".

"Nos próximos dias, durante a transição, será mostrado o trabalho já realizado nos últimos 60 dias", acrescenta o presidente Bolsonaro, na legenda do vídeo.

Numa conversa informal, em que ambos aproveitam para apontar o dedo crítico aos media, Bolsonaro diz que "o que mais quer é o bem" da atriz, "pelo seu passado, por aquilo que você representa para todos nós", e ir "para a Cinemateca, do lado do seu apartamento em São Paulo, você vai ser feliz, e eu fico muito feliz por isso, chateado porque você se afasta do nosso convívio em Brasília".

Ao que Regina responde: "Mas presidente a família está querendo a minha proximidade e eu estou sentindo muita falta dos meus netos, dos meus filhos, (...) é um presente duplo, é a Cinemateca e é também eu estar próximo da minha família, que é uma coisa que estou desejando muito".

Recorde-se que a atriz, conhecida pelas participações em muitas novelas famosas produzidas no Brasil, assumiu no início de março o cargo de secretária da Cultura do país e, no discurso de posse, ofereceu-se para "pacificar" a relação do Governo com o setor. Acontece que aquilo que acabou por suceder, durante este curto período, foi precisamente o contrário com os artistas a 'revoltaram-se' contra o que Regina defendia.

Numa das últimas polémicas, que envolveu a atriz Maitê Proença que queria pedir que a secretária da Cultura do Brasil dialogasse mais com a sua classe, Regina Duarte não gostou de ser confrontada por essas críticas, classificando mesmo de "baixo nível" o que se passou durante a entrevista na CNN - que acabou por abandonar em direto.

E, recentemente, no passado dia 15, reagindo a um manifesto assinado por mais de 500 artistas brasileiros, a agora secretária da Cultura demissionária dizia estar a ser vítima de "matérias tendenciosas, maldosas, fakes, venenosas".

[Notícia atualizada às 14h36]

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