Zimbabué: Mais de duas dezenas de pessoas fogem dos centros de quarentena

Mais de duas dezenas de pessoas fugiram dos centros de quarentena da covid-19 no Zimbabué, e há quem atravesse ilegalmente a fronteira da África do Sul e não reporte aos centros, informou hoje a imprensa estatal.

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Lusa
20/05/2020 18:10 ‧ 20/05/2020 por Lusa

Mundo

Coronavírus

O jornal Herald, citando funcionários, noticiou que 23 pessoas escaparam de centros de quarentena na última semana, 19 delas de um hotel em Beitbridge, uma cidade fronteiriça normalmente ocupada.

O Zimbabué está a utilizar escolas, colégios e hotéis para o isolamento obrigatório das pessoas que entram no país durante um encerramento que está agora na sua sexta semana.

Alguns repatriados queixaram-se das más condições nos centros de quarentena. O Governo do Zimbabué afirmou que está a fazer o seu melhor para garantir uma estadia confortável.

Centenas de pessoas chegaram da África do Sul de autocarro nas últimas semanas. Com mais de 17.000 casos confirmados, a África do Sul tem o maior número de infeções pelo novo coronavírus em África.

Milhões de zimbabueanos vivem na África do Sul legal e ilegalmente para escapar ao agravamento das condições económicas no seu país, mas alguns regressam depois de os postos de trabalho terem secado devido ao encerramento devido ao vírus na África do Sul.

O Zimbabué tem perto de 50 casos de covid-19, mas permanece em alerta máximo, uma vez que se espera que o número aumente. As autoridades receiam que a situação possa piorar se as pessoas que entram no país não forem isoladas durante 21 dias ou não forem contabilizadas.

Não são apenas os zimbabueanos que atravessam a movimentada fronteira sul-africana. Nove dos 41 malauianos intercetados enquanto procuravam transporte para regressar ao seu país, depois de terem atravessado ilegalmente da África do Sul esta semana, apresentaram resultados positivos para o novo coronavírus, informou o Herald.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 323 mil mortos e infetou quase 4,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

 

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