Itália vai reabrir aeroportos e fronteiras a 3 de junho

A Itália vai reabrir todos os aeroportos a partir de 03 de junho, dia em que também reabre as fronteiras, depois do encerramento provocado pela pandemia de covid-19, anunciou hoje a ministra dos Transportes, Paola de Micheli.

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Lusa
20/05/2020 17:19 ‧ 20/05/2020 por Lusa

Mundo

Coronavírus

"Vai ser possível realizar a reabertura de todos os aeroportos a partir de 03 de junho, quando se vai permitir de novo viagens entre regiões e viagens internacionais e vai acabar toda a limitação ao transporte público", afirmou perante a Câmara dos Deputados.

A ministra respondeu assim à pergunta do deputado da Liga Edoardo Rixi, que lamentou o encerramento de muitos terminais aéreos, tais como Milão, Linate, Veneza, Florença ou Bergamo.

De Micheli assegurou que o encerramento ou a limitação de aeroportos e de circulação de comboios durante o pior período da pandemia foi decidido para "poupar custos inúteis às empresas de transportes diante da escassa procura, já que a população permaneceu confinada".

A Itália, com 226.699 infeções confirmadas e 32.169 mortes até terça-feira, está em pleno processo de aligeiramento de restrições devido à queda na curva epidemiológica registada nas últimas semanas.

O encerramento de toda a atividade e confinamento no país foi decretado no dia 09 de março. A 04 de maio foi permitido o regresso ao trabalho de setores como a construção ou de fabrico e desde 18 de maio foram reabertos a maioria dos negócios.

O levantar de restrições vai continuar no dia 03 de junho, quando vão ser permitidas viagens entre regiões e vão ser abertas as fronteiras a viajantes da União Europeia, que não devem ficar em quarentena, uma medida que visa salvar a temporada turística de verão.

Por isso, a partir desse dia, a ministra indicou que poderá acontecer "um novo aumento nos serviços de transporte público".

A linha aérea italiana Alitalia adiantou hoje que a partir de junho vai retomar então as ligações com Espanha, concretamente Madrid e Barcelona, com Nova Ioque e a ponte entre Milão, no norte, o epicentro da pandemia, e o sul do país.

A crise do novo coronavírus afetou o transporte aéreo devido ao encerramento de fronteiras de muitos países com Itália e os aeroportos do país perderam 11,5 milhões de passageiros só no mês de março, segundo a Assaeroporti, a Associação Italiana de Gestão Aeroportuária.

Esta associação prevê ainda que, apesar da reabertura, a pandemia pode desencorajar o turismo em Itália, que previa 200 milhões de passageiros este ano, mas agora acreditam que vão perder 120 milhões de turistas.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 323 mil mortos e infetou quase 4,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,8 milhões de doentes foram considerados curados.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num "grande confinamento" que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.

 

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