A cidade de Wuhan poderá ter dado o primeiro passo para acabar com os mercados de animais vivos naquela região, ao proibir a caça e consumo de animais selvagens, assim como promete mais atenção ao comércio ilegal.
De acordo com um comunicado das autoridades regionais, os agricultores estão a receber quantias em dinheiro para parar a procriação de animais exóticos.
O comunicado, refere a Newsweek, enumera uma lista de novas proibições que têm efeitos imediatos e a duração de cinco anos. Passa a ser proibido vender e comer animais selvagens, sejam capturados ou criados em cativeiro.
A legislação em torno dos mercados de animais vivos sempre foi um problema para as autoridades chinesas, por causa não só do 'lobbying' por parte dos grandes produtores como também porque foi um comércio estimulado pelas próprias autoridades como forma de sustento para a população mais pobre.
É, agora, tomada uma decisão mais firme, depois da intensa pressão que a comunidade internacional está a fazer ao país no âmbito do tráfico ilegal de animais selvagens, já mais do que uma vez origem de um surto epidémico.
#Wuhan officially banned hunting and consumption of #wild #animals as well as illegal #wildlife trade, said a notice issued on Wed. by municipal government. pic.twitter.com/GPRGDZcady
— People's Daily, China (@PDChina) May 20, 2020
O surto do novo coronavírus, que começou num mercado de animais vivos em Wuhan, cidade com 11 milhões de pessoas na prvíncia de Hubei, já custou a vida a mais de 320 mil pessoas.