A administração norte-americana justificou a decisão de abandonar o Tratado de Céus Abertos (Treaty on Open Skies, em inglês) pelo facto de a Rússia estar a violar o tratado, para além de argumentar que imagens recolhidas durante os voos podem ser obtidas mais rapidamente e com menos custos através dos satélites comerciais norte-americanos.
No entanto, a retirada de Washington deste tratado destinado a promover a confiança mútua entre os países signatários e evitar conflitos, deverá agravar as relações com Moscovo e suscitar críticas dos aliados europeus e de alguns membros do Congresso.
Em 1955, o então Presidente dos EUA, Dwight Eisenhower, propôs que os EUA e a antiga União Soviética permitissem voos de reconhecimento aéreo mútuos nos respetivos territórios.
Moscovo rejeitou inicialmente a ideia, mas o ex-Presidente George H. W. Bush retomou a proposta em maio de 1989, e o tratado entrou em vigor em janeiro de 2002.
Atualmente, 34 países assinaram o tratado, enquanto o Cazaquistão também se comprometeu com projeto mas optou por não o ratificar até ao momento.