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"Não me arrependo do que fiz. Comportei-me razoavelmente", diz Cummings

O principal conselheiro de Boris Johnson defendeu a sua deslocação de carro durante a quarentena, mas admite que errou ao não informar o primeiro-ministro britânico. Por isso, não pondera demitir-se.

"Não me arrependo do que fiz. Comportei-me razoavelmente", diz Cummings
Notícias ao Minuto

18:05 - 25/05/20 por Fábio Nunes

Mundo Coronavírus

O principal conselheiro de Boris Johnson, Dominic Cummings, fez esta segunda-feira uma declaração aos jornalistas sobre a polémica em que está envolvido, depois de no passado dia 31 de março ter percorrido 425 quilómetros de carro durante a quarentena e quando a sua esposa apresentava sintomas associados à Covid-19.

“Não me arrependo do que fiz. Estava a tentar equilibrar todas estas coisas complicadas”, frisou Cummings, de acordo com a BBC. O principal conselheiro do primeiro-ministro britânico admitiu que fez várias viagens, mas insistiu que se comportou “razoavelmente”.

Dominic Cummings revelou que decidiu viajar com a mulher e o filho de carro para Durham, local onde vivem os pais, porque a mulher tinha adoecido e não tinha à sua disposição creches.

Cummings disse que, depois de ficar 15 dias na residência dos pais, deslocou-se até Barnard Castle - a 30 minutos de distância - para que ele, a mulher e o filho fossem testados antes de regressarem a Londres.

Considerou que se trataram de “circunstâncias excecionais” e que “não estava à procura de brechas” nas medidas de confinamento.

“Não penso que seja tão diferente para ter regras para mim e outras para as restantes pessoas”, acrescentou Dominic Cummings, que também admitiu não ter consultado Boris Johnson antes de viajar para Durham.

“Não posso dirigir-me a ele [Boris Johnson] o dia inteiro e perguntar-lhe o que pensa disto… talvez devesse tê-lo feito”, salientou.

Apesar dos reiterados pedidos da oposição para que seja demitido, Cummings esclareceu que não pensa pedir a demissão. Isso é algo que também não parece estar no horizonte de Boris Johnson, que este domingo saiu em defesa do seu conselheiro e assegurou que este agiu de forma legal e com integridade.

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