França pede apoio de todos os 27 ao plano de recuperação da UE
França apelou hoje a todos os Estados-membros da União Europeia (UE), incluindo os 'frugais', que apoiem o plano de recuperação proposto pela Comissão Europeia, qualificado pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, como "um plano de relançamento inédito".
© Reuters
Mundo França
Bruno Le Maire, ministro das Finanças de França, pediu que "todos os Estados-membros sem exceção, incluindo os quatro frugais, apoiem este plano".
Os chamados "frugais" - Áustria, Holanda, Dinamarca e Suécia -- opõem-se à canalização de fundos do plano de recuperação a fundo perdido, defendendo antes empréstimos, e à emissão de dívida pela Comissão Europeia.
Segundo Le Maire, com a proposta da Comissão, a UE "está à altura da História".
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresentou hoje uma proposta para um fundo de recuperação económica e social da crise provocada pela pandemia de covid-19 no valor de 750 mil milhões de euros, dois terços dos quais, 500 mil milhões de euros, canalizados para os Estados-membros através de subsídios a fundo perdido, e os restantes 250 mil milhões na forma de empréstimos.
Emmanuel Macron, que tinha apresentado, com a chanceler alemã, Angela Merkel, uma proposta para um plano de 500 mil milhões de euros, financiado por emissão de dívida pela Comissão Europeia e distribuído a fundo perdido, reagiu ao anúncio de Von der Leyen saudando "um dia fundamental para a Europa".
"Von der Leyen propõe um plano de relançamento inédito de 750 mil milhões para as regiões e setores em dificuldade. O acordo franco-alemão possibilitou este avanço", escreveu o chefe de Estado francês na sua conta oficial no Twitter.
"Devemos avançar depressa e adotar um acordo ambicioso com todos os nossos parceiros europeus", acrescentou Macron.
O plano da Comissão Europeia têm ainda de ser aprovado pelo Conselho Europeu, constituído pelos chefes de Estado e de Governo dos 27 Estados-membros.
No seu discurso, no Parlamento Europeu, em Bruxelas, Von der Leyen disse esperar "um acordo político rápido" em torno das propostas hoje avançadas, defendendo que "um compromisso ao nível do Conselho Europeu até julho é necessário para conferir um novo dinamismo à recuperação e equipar a UE com uma ferramenta poderosa para reerguer a economia" europeia, fortemente atingida pela crise provocada pela pandemia.
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