O governo espanhol corrigiu a informação avançada esta manhã pela ministra do Turismo de Espanha, Reyes Maroto, e, afinal, as fronteiras terrestres só reabrem a 1 de julho, de acordo com um comunicado do executivo.
Reyes Maroto tinha dado a indicação de que as fronteiras terrestres com Portugal e França iriam reabrir no dia 22 de junho, uma informação que foi recebida com surpresa pelo Governo português. A mudança de posição de Madrid tem lugar depois de Lisboa ter pedido "esclarecimentos".
O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, manifestou-se surpreendido com o anúncio por Espanha de uma reabertura da fronteira comum a 22 de junho e sublinhou que quem decide sobre a reabertura da fronteira portuguesa "é naturalmente Portugal".
O Governo espanhol publicou, entretanto, uma "nota de esclarecimento" na qual retifica as declarações da ministra e explica que "em conformidade com o princípio da progressividade, e tendo em conta os compromissos anunciados de reabertura do turismo internacional, a mobilidade internacional segura terá lugar a partir de 1 de julho".
A nota acrescenta que, a partir do final do Estado de emergência, à meia-noite de 20 de junho, o que se restabelece será "a mobilidade dentro do território nacional" espanhol.
No que respeita à mobilidade externa, recorda que já tinha sido estabelecido anteriormente que os controlos nas fronteiras internas terrestres, aéreas e marítimas "poderão prorrogar-se para além do estado de emergência".
O executivo espanhol afirma estar em contacto permanente com a Comissão Europeia e os Estados-membros para "coordenar e harmonizar a eliminação progressiva das restrições aos controlos nas fronteiras intraeuropeias".
As autoridades espanholas encerraram as fronteiras em meados de março, com a entrada em vigor do estado de emergência, exceto a residentes, trabalhadores transfronteiriços e camionistas, a fim de impedir a propagação do coronavírus.