"É hora de celebrar a sua vida", afirmou a pastora Mia Wright, na lotada igreja Fountain of Praise, onde familiares e amigos se abraçaram pela primeira vez diante do caixão aberto.
Centenas de pessoas lotaram a igreja, coroando seis dias de luto pela morte de Floyd, de 46 anos, que vai ser enterrado junto da sua mãe.
O candidato presidencial Joe Biden - que foi convidado para o funeral, mas conversou com a família e entendeu ser melhor recusar, uma vez que agora é acompanhado por um dispositivo de segurança alargado, que poderia causar algum desconforto na cerimónia - enviou uma mensagem à família e amigos de Floyd, que foi divulgada nas televisões norte-americanas.
"A América pode fazer melhor, a América não tem escolha, tem que fazer melhor", disse o ex-vice-presidente.
“We cannot leave this moment thinking we can once again turn away from racism,” @JoeBiden says in a video message at George Floyd’s funeral. pic.twitter.com/dKuwWtPYIq
— TODAY (@TODAYshow) June 9, 2020
George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu em 25 de maio, em Minneapolis (Minnesota), depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.
Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de atos de pilhagem.
Os quatro polícias envolvidos foram despedidos, e o agente Derek Chauvin, que colocou o joelho no pescoço de Floyd, foi acusado de homicídio em segundo grau, arriscando uma pena máxima de 40 anos de prisão.
Os restantes vão responder por auxílio e cumplicidade de homicídio em segundo grau e por homicídio involuntário.
A morte de Floyd ocorreu durante a sua detenção por suspeita de ter usado uma nota falsa de 20 dólares (18 euros) numa loja.