Numa declaração conjunta, as empresas declararam que a quarentena em vigor desde segunda-feira, com um período mínimo de três semanas, "terá um efeito devastador no turismo e na economia do Reino Unido e destruirá milhares de empregos"
As companhias aéreas pediram que o assunto fosse levado à justiça o mais depressa possível.
Segundo as empresas, a quarentena é muito restritiva e não se baseia em nenhuma consulta ou evidência científica.
As companhias aéreas apontam que a medida tem isenções quanto aos franceses e alemães que vão ao país todas as semanas e tem como alvo viajantes de países onde as taxas de contaminação pelo novo coronavírus são mais baixas do que as do Reino Unido.
O Governo britânico sugeriu que poderia estabelecer pontes aéreas para certos países, a fim de não comprometer o renascimento do turismo há muito aguardado pelo setor aéreo.
Mas as três empresas duvidam desse dispositivo e pedem ao Governo que restabeleça a quarentena introduzida em 10 de março, válida apenas para viajantes de países de alto risco.
Após o encerramento das suas atividades por longas semanas devido à covid-19, o setor aéreo planeou uma retomada muito gradual dos voos neste verão, mas esses planos seriam interrompidos por esta quarentena.
Esta última, com duração de 14 dias, será reavaliada a cada três semanas e diz respeito a todas as chegadas por terra, mar e ar, independentemente de os viajantes residirem ou não no Reino Unido.
Verificações aleatórias serão implementadas e os infratores terão uma multa de 1.000 libras (1.122 euros).
Exceções são feitas para transportadores rodoviários, pessoal de saúde, apanhadores de fruta ou viajantes da Irlanda.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 418 mil mortos e infetou mais de 7,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.