"A República não vai apagar nenhum traço nem nenhum nome da sua História. Ela não vai esquecer nenhuma das suas obras. Ela não vai mandar abaixo nenhuma estátua. Vamos, sim, olhar lucidamente em conjunto para a nossa história, todas as nossas memórias [...] para construir um presente e um futuro com uma vontade de verdade e sem revisitar nem negar quem nós somos", afirmou Emmanuel Macron.
O chefe de Estado, que falava este domingo numa mensagem televisiva aos franceses, respondeu assim a diversas manifestações no país contra o racismo que pediam a retirada de estátuas de figuras polémicas.
Os protestos começaram depois da morte do afro-americano George Floyd, nos Estados Unidos da América, asfixiado por um polícia, e rapidamente ganharam dimensão nacional com alegadas vítimas francesas de violência policial.
"Nós vamos ser intransigentes face ao racismo, ao antissemitismo e a todas as formas de discriminação", indicou o Presidente francês, prometendo "novas decisões fortes" para assegurar a igualdade de oportunidade para todos.
Face às manifestações contra a violência policial e o anúncio do Governo da interdição de determinadas manobras de detenção por parte da polícia, Emmanuel Macron tentou acalmar as forças da ordem que no fim da semana passada se mostraram desagradadas pelas tomadas de posição oficiais.
"[As forças da ordem] estão expostas a riscos quotidianos em nosso nome. E, por isso, merecem o apoio público e o reconhecimento da nação", concluiu o Presidente da República francês.