Segundo o jornal Beijing Daily, o vice-diretor do distrito de Fengtai, Zhou Yuqing, foi afastado por "não ter feito a sua parte no trabalho de prevenção e controlo da covid-19".
O secretário do Partido Comunista da China (PCC) em Huaxiang, que pertence a Fengtai, Wang Hua, e o responsável pela gestão do mercado de Xinfadi, onde surgiu o novo surto, Zhang Yuelin, também foram afastados.
A agência noticiosa oficial Xinhua indicou que a capital chinesa realizou testes de ácido nucleico em 76.499 pessoas, no domingo, entre as quais 59 deram positivo para o novo coronavírus.
A área de Huaxiang, no distrito de Fengtai, elevou o nível de alerta de saúde para "alto risco", tornando-o o único local na China com este grau de emergência atualmente.
Seis outras áreas da capital aumentaram o nível de alerta para médio.
O surto na capital ocorreu uma semana depois de Pequim ter reduzido o nível de emergência sanitária de dois para três.
O mercado de Xinfadi possui 1.500 funcionários e mais de quatro mil bancas.
Todos os funcionários e aqueles que tiveram contacto próximo com o mercado devem realizar o teste num dos 98 centros designados em Pequim, que juntos podem realizar mais de 90 mil testes por dia.
A cidade intensificou a inspeção nos mercados de produtos frescos, carne de porco congelada, carne bovina, cordeiro e aves e outros negócios, incluindo supermercados e restaurantes, para garantir que os produtos não estão contaminados.
No domingo, o vice-primeiro-ministro chinês, Sun Chunlan, pediu que sejam tomadas "medidas decisivas" para impedir a propagação deste novo surto, bem como "rigorosas investigações epidemiológicas" e um "rastreamento abrangente da fonte", para identificar e controlar a origem do novo surto.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 431 mil mortos e infetou mais de 7,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.