Segundo o Ministério da Saúde chileno, nas últimas 24 horas morreram mais 226 pacientes infetados, com o total de óbitos a subir para 3.841.
O Chile, que vive há mais de três meses em estado de emergência, é já o nono país do mundo com maior número de casos de covid-19.
As autoridades chilenas anunciaram hoje também terem começado a monitorizar os movimentos das pessoas infetadas através do GPS dos telemóveis.
Fernando Rojas, decano de Engenharia da Universidade do Desenvolvimento, em Santiago do Chile, adiantou que estão a ser rastreados "de forma totalmente anónima" mais de quatro milhões de chilenos.
Por seu lado, o ministro da Saúde chileno, Enrique Paris, indicou que as autoridades sanitárias do país já realizaram mais de 903.000 testes de diagnóstico do vírus.
Segundo a Universidade de Oxford, o Chile deteta um caso positivo em cada três testes, face aos quatro necessários na Argentina para encontrar um contágio e aos seis na Colômbia.
Na tentativa de travar a pandemia após três meses e meio da confirmação do primeiro caso, o Chile mantém há mais de um mês a quarentena obrigatória na região metropolitana, onde se localiza a capital do país, o principal foco da pandemia, bem como as regiões de Valparaiso e de Viña del Mar, que iniciaram o confinamento no início desta semana.
Face a estes dados, praticamente 50% dos 18 milhões de habitantes do país estão isolados, percentagem que irá subir, uma vez que, a partir de sexta-feira, cinco outras cidades do centro do país vão entrar igualmente em confinamento.
O Chile está sob o estado de emergência e com a imposição do recolher obrigatório, com as fronteiras encerradas, o mesmo sucedendo com as escolas e o comércio, com exceção das lojas com produtos de primeira necessidade.
A pandemia de covid-19 já provocou quase 449 mil mortos e infetou mais de 8,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.