O impacto da pandemia, de acordo com o gabinete estatístico da União Europeia (UE), é avaliado tendo em conta o número total de mortes devidas a outras causas e, de acordo com os dados disponíveis, houve mais 140 mil mortes entre as semanas 10 e 17 do ano (março e abril) do que a média no mesmo período entre 2016 e 2019.
O pico da pandemia, tendo em conta a média semanal entre 2016 e 2019, foi atingido na semana 14 do ano.
O Eurostat indica ainda que, nas semanas 10 a 13, morreram mais homens do que mulheres, tendo na semana 14 sido praticamente equivalente e, a partir daí, aumentaram os óbitos entre as mulheres nas semanas 15 a 17.
Considerando as idades, o novo coronavírus SARS-CoV-2 fez aumentar significativamente as mortes entre as pessoas com mais de 70 anos entre as semanas 10 e 17 comparativamente ao período entre 2016-2019, com um acréscimo de cerca de 40% nos homens e 30% nas mulheres.
Em Portugal, o maior pico de mortes (2.650) foi na semana 14 do ano, com uma nova subida na semana 22 (2.284).
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 477 mil mortos e infetou mais de 9,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.