A polícia identificou o assassino em série mais famoso do país esta quinta-feira, informando que este é responsável pela morte de 15 mulheres e, ao mesmo tempo, pediu desculpa publicamente por uma investigação morosa e que condenou um homem inocente a 20 anos de prisão.
Lee Chun-jae violou e assassinou dez mulheres na zona rural de Hwaseong, a sul de Seul, durante um período de cerca de cinco anos a partir de 1986. Na altura, conta a AFP, foram mobilizados um número recorde de agentes da polícia para trabalharem no caso e foram investigados mais de 21 mil indivíduos, tendo as impressões digitais de cerca de 20 mil sido comparadas com as amostras, mas sem sucesso.
Lee, de 57 anos, só foi identificado como suspeito o ano passado, mais de 30 anos depois de ter matado a primeira vítima. Segundo a agência, isso foi possível através da utilização de técnicas forenses mais recentes para recolher ADN de crimes antigos.
Durante o interrogatório admitiu ter sido o autor dos dez homicídios em Hwaseong, bem como de outras quatro mulheres, incluindo uma criança de oito anos, e de ter violado outras nove mulheres. "As suas tendências psicopatas eram evidentes, não foi capaz de ter empatia pelo sofrimento das vítimas e 'gabava' os seus crimes por várias vezes", explicou o chefe da polícia local Bae Yong-ju.
O responsável fez uma vénia perante as câmaras para pedir desculpa às famílias das vítimas, aos suspeitos que foram acusados injustamente e ao homem condenado injustamente por uma das mortes e passou 20 anos na prisão.
O verdadeiro culpado cumpre agora uma pena de prisão perpétua pela violação e homicídio da sua cunhada em 1994, mas não vai ser julgado pelos restantes crimes pois já prescreveram.