"A Grécia tem interesse em que acorram turistas estrangeiros, e o maior número de turistas [à Grécia] chega da Sérvia. Lamentavelmente, esta decisão é pouco agradável e má", disse Dacic em declarações à televisão pública sérvia RTS.
A decisão "deve-se à situação epidemiológica na região e na Sérvia", e "já houve casos de turistas sérvios na Grécia que foram contagiados pelo coronavírus", confirmou Dacic.
O encerramento das fronteiras gregas para turistas sérvios será aplicado até 15 de julho, mas poderá ser ampliado em função da evolução da pandemia na região.
Segundo a emissora, cerce de 200.000 turistas sérvios encontram-se atualmente na Grécia, e um número semelhante planeia deslocar-se a este país durante o verão.
Nas últimas semanas a Sérvia regista uma tendência em alta do número de casos diários da covid-19, em particular na região de Belgrado, onde voltaram a ser impostas medidas restritivas contra a propagação da pandemia, como a obrigação de usar máscaras em espaços fechados públicos e comerciais.
As autoridades sanitárias reativaram vários hospitais que em março e abril tinham sido adaptados para o tratamento exclusivo de doentes com covid-19, enquanto o pavilhão desportivo Arena foi equipado com 500 camas para acolher os doentes menos graves.
Goran Stevanovic, diretor da Clínica de Doenças Infecciosas e membro do corpo de gestão do coronavírus, declarou hoje que existem cada vez mais doentes entre os 30 e os 50 anos com sintomas e pneumonias graves.
"Necessitam de uma longa terapia e por isso necessitamos de capacidades adicionais nos hospitais", explicou.
Os especialistas atribuem o atual surto de novos casos a diversas reuniões e eventos onde não foram respeitadas as recomendações de higiene e a exigência de manter o distanciamento físico.
Até ao momento foram registados na Sérvia 16.131 casos de contágios e 311 mortos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 534 mil mortos e infetou mais de 11,47 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (129.947) e mais casos de infeção confirmados (mais de 2,88 milhões).
Seguem-se Brasil (64.867 mortes, mais de 1,6 milhões de casos), Reino Unido (44.220 mortos, mais de 285 mil casos), Itália (34.861 mortos e mais de 241 mil casos), México (30.639 mortos, mais de 256 mil casos), França (29.893 mortos, mais de 203 mil casos) e Espanha (28.385 mortos, mais de 252 mil casos).
A Índia, que contabiliza 19.268 mortos, é o terceiro país do mundo em número de infetados, depois dos EUA e do Brasil, com mais de 697 mil, seguindo-se a Rússia, com mais de 686 mil casos e 10.271 mortos.