Mais do que cumprir o seu trabalho, a enfermeira Damaris Silva, de 26 anos, leva "felicidade e fé" a quem se encontra hospitalizado devido ao novo coronavírus. E é isso mesmo que faz duas vezes por semana, quando, após o seu turno, pega no violino e toca para os pacientes e colegas de profissão.
Na altura em que muitos dos seus colegas só pensam em ir para junto dos familiares e recuperar energias, a jovem leva um pouco de alegria aos diferentes quartos do hospital El Pino, no sul de Santiago.
Músicas populares latinas são normalmente as suas escolhas, que animam os doentes - alguns dos quais estiveram em estado crítico durante semanas - e os colegas.
"Assim que entro, o rosto dos pacientes ilumina-se, parecem felizes. Sorriem e aplaudem", disse, em declarações à Reuters.
O objetivo, conta, é trazer "um pouco de amor, esperança e fé" com a sua música. "Cada vez que o faço, é de coração", acrescenta.
Esta é apenas uma das várias iniciativas que os profissionais adotaram para trazer alguma esperança a quem se encontra naquele ambiente. Escrever cartas, cantar os parabéns e aplaudir todos os que recuperam da doença, são também alguns dos gestos que visam alegrar os presentes.
O Chile regista, à data, quase 300 mil casos de infeção pelo SARS-CoV-2 e mais de seis mil mortes.