Segundo o portal, a detenção ocorreu na noite de segunda-feira e ficou registada num vídeo em que Nicmer Evans mostrava um mandado de detenção judicial por delito relacionado com "promoção e incitação ao ódio".
No vídeo, gravado pouco antes da sua detenção e com a polícia à porta, o diretor do portal explica que "o direito consagrado da liberdade de expressão, a crítica à ação política e a defesa da resistência perante uma tirania não pode ser considerado instigação ao ódio".
"A Venezuela vive uma circunstância de uma neo-ditadura" em que se acusam as pessoas "sem nenhum tipo de razão nem justiça" de crimes, afirma.
Nicmer Evans diz ainda apoiar o líder opositor Juan Guaidó e assume que foi "chavista, mas nunca para isto".
"Era para que houvesse mais liberdade. Houve um engano, uma fraude e convoco as pessoas a que nos unamos para restabelecer a democracia", apela.
O diretor insta as pessoas que trabalham no portal informativo Ponto de Corte, no Movimento Democracia e Inclusão e na Plataforma Nacional de Conflito para que continuem a lutar "pela liberdade de expressão, pela democracia e pela liberdade".
Segundo a imprensa local, a detenção foi precedida por uma rusga -- que durou quatro horas - na sua residência e ocorreu depois de Nicmer Evans escrever uma mensagem nas redes sociais desejando "longa vida, para que a justiça do homem chegue antes que a civina", a um elemento da Assembleia Constituinte que anunciou, no seu programa na televisão estatal, que tinha testado positivo para a covid-19.
O líder opositor Juan Guaidó atribuiu a detenção a uma "atuação própria de covardes".
"(Nicmer Evans) é perseguido por opinar, por discordar", escreveu Guaidó no Twitter, acrescentando: "A necessidade de mudança na Venezuela é imparável".