Governador de Oklahoma que não recomenda uso de máscara está infetado

O governador de Oklahoma, Kevin Stitt, que participou recentemente num comício eleitoral do Presidente dos Estados Unidos Donald Trump e que não obriga ou recomenda o uso de máscara naquele Estado, anunciou hoje estar infetado com a covid-19.

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© Getty Images

Lusa
15/07/2020 19:56 ‧ 15/07/2020 por Lusa

Mundo

Máscara

 

"Fui testado ontem para a covid-19 e o resultado foi positivo", disse o republicano que é o governador daquele Estado no centro dos Estados Unidos, vizinho do Texas, numa conferência de imprensa coletiva realizada pela plataforma Zoom, noticia a agência AFP.

O republicano garantiu sentir-se bem e explicou que se isolou da sua família e que irá realizar teletrabalho até estar recuperado.

"Sinto-me bem. Tive algumas dores ontem, mas não tive febre, apenas algumas dores", destacou.

E acrescentou: "Acho que não fiquei infetado no encontro com o Presidente, pois já foi há muito tempo".

A reunião referida por Kevin Stitt ocorreu em 20 de junho em Tulsa, 24 dias antes do teste, o que significa ser improvável que tenha sofrido a infeção pelo novo coronavírus naquele dia.

Cerca de 6 mil apoiantes de Donald Trump reuniram-se num grande pavilhão desportivo, a maioria sem máscaras, o que originou uma onda de casos nas duas semanas seguintes, segundo divulgaram as autoridades de saúdes locais.

O próprio governador de Oklahoma não cobriu o seu rosto e esteve junto da multidão.

A pandemia de covid-19 está em progressão naquele Estado, tal como na maioria do sul do país.

Oklahoma anunciou na terça-feira um número recorde de novos casos em 24 horas, com 993 infeções. O número de doentes hospitalizados também está a aumentar.

Aquele Estado é um dos três que não aplica qualquer obrigação ou recomendação oficial para o uso de máscara, segundo a associação de autoridades locais de saúde pública ASTHO.

Kevin Stitt apelou mesmo para que não se aponte o dedo às pessoas que escolhem não se esconder com a máscara.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 578 mil mortos e infetou mais de 13,34 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (136.466) e mais casos de infeção confirmados (mais de 3,43 milhões).

 

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