Fogo posto por caçadores deixa 44 famílias sem casa em Angola
Um incêndio causado por queimadas feitas por caçadores furtivos deixou 44 famílias desalojadas este domingo, na comuna de Cabuta, vila de Calulo, província angolana do Cuanza Sul, informaram as autoridades locais.
© Lusa
Mundo Angola
Segundo o administrador do município de Libolo, Rui Miguel, os caçadores fizeram as queimadas para caçar, mas o fogo propagou-se de forma descontrolada, atingindo as moradias.
Rui Miguel, citado hoje pela agência noticiosa angolana, Angop, disse que o incidente ocorreu domingo, estando a ser procurados os caçadores para a sua responsabilização judicial.
A realização de queimadas é uma prática que se verifica com maior intensidade nesta altura até setembro, quer para a caça quer para agricultura.
De recordar que no ano passado, uma ação do género causou incêndio a fazendas do município da Quibala, que resultou também na morte de três pessoas.
Os incêndios florestais em Angola ocorrem para a prática da caça, da produção do carvão vegetal e para o cultivo, tendo o país em 2018 sido listado pela NASA com o maior número de queimadas, inclusive à frente da floresta brasileira na Amazónia.
Em resposta, naquela altura, o Ministério do Ambiente angolano informou que a realização de queimadas é natural nesse período do ano, em várias regiões do país, devido ao aproximar da época agrícola, uma prática secular, que está "longe de assumir proporções incontroláveis".
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