A iniciativa, que seguirá no quadro do recentemente criado mecanismo de Ponte Área Humanitária da UE para responder a situações de emergência, visa "contribuir para a redução da situação de vulnerabilidade" em que a Guiné-Bissau se encontra, "em resultado da atual crise pandémica", segundo uma nota do gabinete da secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro.
A ajuda vai ainda apoiar "o reforço das capacidades locais para a mitigação dos efeitos da covid-19".
Os equipamentos para a Guiné-Bissau foram fornecidos por diversos organismos multilaterais, nomeadamente das Nações Unidas e organizações não governamentais nacionais e europeias, e incluem material de proteção individual - máscaras, luvas, óculos, viseiras, mangas, sapatos e fatos - medicamentos, gel, álcool e todo o material necessário para colheita e análise dos testes à covid-19.
Estão previstos quatro voos, que seguirão através desta ponte aérea entre Portugal e a Guiné-Bissau, partindo o primeiro na quinta-feira, e que ao todo transportarão 45 toneladas de material.
Trata-se da terceira operação organizada por Portugal, juntamente com a UE, no quadro do mecanismo de Ponte Área Humanitária da União Europeia, seguindo-se ao voo para São Tomé e Príncipe, em maio, e do apoio logístico a um voo com destino ao Haiti, em junho.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 606 mil mortos e infetou mais de 14,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Na Guiné-Bissau, há 1.949 casos da covid-19 e 26 mortos.
Em África, há 15.082 mortos confirmados em mais de 720 mil infetados com covid-19 em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.