Milhares de pessoas manifestaram-se fora da residência oficial de Netanyahu em Jerusalém e centenas reuniram-se num parque à beira-mar em Telavive, exigindo a demissão de Netanyahu.
Manifestantes agitaram bandeiras negras - o símbolo de um dos movimentos por detrás dos protestos - através de pontes e cruzamentos e exigem a expulsão de Netanyahu.
Os protestos estão a emergir como um dos maiores desafios ao longo domínio de Netanyahu desde que as manifestações sobre o custo de vida em 2011 atraíram centenas de milhares para as ruas.
Os protestos surgem na sequência do que os críticos dizem ser a reação de Netanyahu à pandemia de covid-19 e à "sombra" do julgamento por corrupção de Netanyahu, que foi retomado no início deste mês.
Numa conferência de imprensa na semana passada, que coincidiu com os protestos, Netanyahu alertou os contestatários para "não arrastarem o país para a anarquia, violência, vandalismo".
Os críticos afirmam que a polícia tem sido muito severa na tentativa de eliminar os protestos, utilizando canhões de água para os expulsar e, em alguns casos, causando ferimentos.
A polícia diz que os manifestantes ignoram as chamadas para dispersar e por isso são removidos para restabelecer a ordem.
A polícia disparou canhões de água contra os manifestantes no protesto de Jerusalém e disse que 12 pessoas foram presas no local por estarem envolvidas em distúrbios.
Duas outras pessoas foram presas em locais separados por atacarem os manifestantes com 'spray' pimenta e uma faca.
Israel parecia ter contido a sua primeira vaga de contágios por covid-19 na primavera, com Netanyahu a dizer de que Israel estava entre os países mais bem sucedidos do mundo na resposta ao vírus.
Mas o que os críticos afirmam é que o desconfinamento foi precipitado, com Israel a ter agora uma das taxas de contágio mais elevadas do mundo em relação à sua população.
Israel reintroduziu algumas restrições após um bloqueio prolongado na primavera ter paralisado a economia.
Desde então, o desemprego disparou para mais de 20%, era cerca de 3,9% antes do surto.
Um tribunal decidiu no início deste mês que o julgamento por corrupção de Netanyahu será retomado em janeiro com três audiências por semana.
Netanyahu é acusado de fraude, quebra de confiança e aceitação de subornos numa série de escândalos envolvendo associados bilionários e magnatas dos meios de comunicação social, mas nega a prática dos crimes.