"Obrigada do fundo do coração pelo vosso carinho e apoio durante a minha doença devido ao novo coronavírus. Foi-me dada alta e vou voltar ao trabalho normal. As vossas manifestações de carinho deram-me força para continuar. Nós, bolivianos, somos uma grande família. Vamos avançar", escreveu hoje, no Twitter, Jeanine Áñez.
A Presidência da Bolívia divulgou um relatório médico em que salienta que Áñez "está curada, sendo capaz de retomar a sua rotina e atividades diárias com total normalidade".
"Ela está estável, com sinais vitais normais, não apresenta nenhuma sintomatologia, está bem disposta e com a sua condição física intacta", conclui o relatório assinado pelo neurologista Andrei Miranda.
O último teste PCR realizado à presidente, no cargo num período de transição, foi negativo, após um teste anterior, em 09 de julho, ter detetado que tinha a doença, de acordo com o relatório.
Áñez passou este tempo em isolamento na residência presidencial em La Paz, onde manteve a sua atividade, com reuniões por meios telemáticos, uma vez que parte do seu gabinete ministerial também foi infetada, tal como um dos seus dois filhos.
Uma das últimas decisões da presidente foi declarar o estado de calamidade pública para que os recursos estatais fossem reforçados na luta contra a covid-19 na Bolívia, onde desde o final de março foi decretada emergência sanitária, com uma quarentena prolongada por fases.
A Bolívia regista 2.583 mortes e 69.429 casos confirmados de infeção com o novo coronavírus, num país com cerca de 11,5 milhões de pessoas, o que, segundo vários estudos, o coloca entre os mais afetados no mundo pela pandemia, tendo em conta a sua população.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 650 mil mortos e infetou mais de 16,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.