O ministro da Saúde, Jens Spahn, garantiu que o novo processo para todos os que entrem no país provenientes de zonas de risco deverá entrar em vigor esta semana, sem especificar o dia.
"Queremos coordenar-nos bem com todos os estados federados, para que possa ser possível implementar esta medida nos aeroportos e nas estações de comboio. Por isso é importante fazê-lo bem", sublinhou, em declarações feitas hoje ao programa "Morgenmagazin" da ARD.
Até agora, os viajantes provenientes de áreas consideradas de risco pelas entidades de saúde da Alemanha têm sido obrigados a uma quarentena de 14 dias.
Desde sábado, todos os que cheguem ao país podem fazer um teste gratuito nas primeiras 72 horas, mesmo que não apresentem sintomas.
O governo alemão assume ter agora maior capacidade para realizar testes, cerca de um milhão e 200 mil por semana, de acordo com números avançados hoje pelo ministro da Saúde. Espera, por isso, que os contágios possam ser mais controlados.
O número de novos casos na Alemanha aumentou na última semana. Hoje, o Instituto Robert Koch (RKI) dá conta de 509 novos casos de covid-19, salientando, ainda assim, que duas das 16 regiões do país não divulgaram os seus dados.
O país contabiliza, desde o início da pandemia de covid-19, 210.402 casos, de entre os quais 193.500 já foram considerados curados.
Nas últimas 24 horas foram registadas mais 600 infeções superadas e mais sete vítimas mortais para um total de 9.148.
A Renânia do Norte Vestefália, com uma subida de 290 casos em relação ao dia anterior para um total de 49.435, e a Baviera, com um aumento de 76 casos nas últimas 24 horas para um total de 51.156, continuam a ser os dois estados-federados mais afetados.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 685 mil mortos e infetou mais de 18 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.738 pessoas das 51.463 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.