Fabrício Santos da Silva, alias "Guri" ou "Nené", 37 anos, líder do bando conhecido como "Os Manos", foi detido por uma brigada de agentes numa urbanização exclusiva em Hernandarias, cidade satélite de Ciudad del Este, na fronteira do Paraguai com o Brasil.
O homem foi preso depois de agentes terem invadido a sua casa numa operação durante a qual foram também detidas duas mulheres e um outro homem, todos de nacionalidade paraguaia.
Após a operação, a SENAD anunciou a transferência do detido para o Departamento de Migração, a fim de entregar de imediato o cidadão brasileiro às autoridades do país vizinho na mesma zona fronteiriça.
Da Silva fugiu do Brasil depois de ter sido colocado em prisão domiciliária por sofrer de uma doença crónica e estar em risco de contrair o novo coronavírus.
O preso era controlado por pulseira eletrónica, que destruiu antes de fugir para o Paraguai.
A SENAD explicou ainda que Santos da Silva, cuja organização criminosa opera no estado brasileiro do Rio Grande do Sul, foi condenado no Brasil a mais de 70 anos de prisão pelo assassínio de dois polícias e tráfico de droga.
Em 2017, foi transferido temporariamente para uma prisão federal após ter liderado uma fuga falhada de 200 prisioneiros através da escavação de um túnel na Prisão Central, segundo a fonte.
A SENAD acrescentou que o grupo operava em algumas atividades em associação com o Primeiro Comando da Capital, a maior organização criminosa do Brasil.
O Primeiro Comando da Capital é o grupo criminoso brasileiro com a maior presença no Paraguai, seguido pelo Comando Vermelho.