"É inadmissível que um carregamento de nitrato de amónio, estimado em 2.750 toneladas, estivesse há seis anos num armazém, sem medidas de precaução. É inaceitável e não podemos calar-nos sobre esta questão", disse o primeiro-ministro durante a reunião do Conselho Superior de Defesa, segundo relato de um porta-voz em conferência de imprensa.
O nitrato de amónio é um fertilizante químico e também é um componente de explosivos.
Duas enormes explosões no porto de Beirute fizeram hoje pelo menos 70 mortos e 3.700 feridos e provocaram cenas de devastação na capital libanesa.
A deslocação do ar provocada pela deflagração foi sentida até na ilha de Chipre, a mais de 200 quilómetros de Beirute.
"Não vamos descansar enquanto não encontrarmos o responsável pelo que se passou, para que ele preste contas", prometeu o primeiro-ministro.
O Conselho Superior de Defesa recomendou ao Governo que decrete o estado de calamidade por duas semanas na cidade de Beirute.
Durante esse período, "um poder militar supremo será encarregue de todas as prerrogativas em matéria de segurança", segundo o comunicado de encerramento da reunião do conselho.
O Governo prevê realizar uma reunião de emergência na quarta-feira.