A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a Ucrânia poderá aderir à União Europeia (UE) antes de 2030 se continuar com o ritmo atual de reformas.
Ao lado do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, numa conferência de imprensa durante a Cimeira Internacional de Apoio à Ucrânia, Von der Leyen elogiou o país pelo "bom trabalho" e garantiu que poderá vir a fazer parte da UE nos próximos cinco anos se continuar a "avançar a este ritmo e com esta qualidade".
Zelensky já tinha afirmado que a adesão à UE ou à NATO ajudaria "muito" a Ucrânia a impedir futuras agressões russas.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kyiv e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
Entre os aliados ocidentais, a posição dos Estados Unidos começou a mudar recentemente com a eleição do Presidente Donald Trump, que tem criticado o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, e promovido uma aproximação diplomática a Moscovo.
Na semana passada, em Riade, a Rússia e os Estados Unidos acordaram iniciar um processo de normalização diplomática, respeitar os interesses geopolíticos e criar grupos de trabalho para negociar um acordo pacífico para a guerra na Ucrânia.
Tanto russos como norte-americanos coincidiram em opor-se à presença nas conversações dos europeus, que reagiram aprovando um novo pacote de sanções a Moscovo, que entrou em vigor hoje, por ocasião do terceiro aniversário da guerra.
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