"A China está satisfeita por ver que a Rússia e as partes relevantes estão a fazer esforços positivos para pôr fim a esta crise", disse Xi, numa conversa por telefone, que ocorre no terceiro aniversário da guerra na Ucrânia.
Citado pela agência noticiosa oficial Xinhua, Xi disse ainda que os laços entre a China e a Rússia têm uma "força motriz interna forte" e um "valor estratégico único", e que os dois países são "dois bons vizinhos" e "verdadeiros amigos", que se apoiam mutuamente na procura de um "desenvolvimento comum".
O líder chinês acrescentou que a relação bilateral "não é dirigida contra terceiros, nem será influenciada por ninguém", sublinhando que os laços continuarão a desenvolver-se "com facilidade" e "ajudarão o desenvolvimento mútuo, injetando estabilidade e energia positiva nas relações internacionais".
De acordo com a Xinhua, Putin afirmou que está empenhado em "eliminar as causas profundas do conflito" entre a Rússia e a Ucrânia, a fim de "alcançar uma solução de paz sustentável e duradoura".
A China saudou as conversações entre Putin e o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para negociar uma saída para a guerra, um processo no qual Pequim quer desempenhar "um papel construtivo", segundo os seus porta-vozes, mantendo a comunicação "com todas as partes".
Nas últimas semanas, o Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, garantiu que a posição da China sobre o conflito tem sido "racional" e que Pequim quer ajudar a "estabelecer um quadro de segurança para a Europa".
Desde o início da guerra na Ucrânia, a China manteve uma posição ambígua em relação ao conflito, apelando ao respeito pela "integridade territorial de todos os países", incluindo a Ucrânia, e à atenção às "preocupações legítimas de todos" os Estados, em referência à Rússia.
Pequim opôs-se a sanções "unilaterais" contra Moscovo e apelou a uma solução política.
A China tem enviado representantes diplomáticos para a região e apresentado iniciativas de paz que tiveram sempre uma receção morna no Ocidente, como o plano que elaborou com o Brasil no ano passado, que não incluía a retirada das tropas russas e foi rejeitado por Kyiv.
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