Um agente da polícia libanesa morreu e cerca de 200 pessoas ficaram feridas, na sequência de uma manifestação que ocorreu, este sábado, em Beirute, quatro dias após as explosões no porto da cidade.
De acordo com a Cruz Vermelha libanesa, das duas centenas de feridos, perto de 120 receberam assistência hospital no local e 55 foram encaminhados para o hospital. O polícia morreu após cair no fosso de um elevador, quando estava a ser perseguido pelos protestantes, esclarece a Sky News.
A tensão entre as forças policiais e os manifestantes subiu não muito longe da sede do parlamento. Grupos de jovens lançaram pedras e paus e a polícia utilizou gás lacrimogéneo para os dispersar, sem sucesso, tendo-se verificando confrontos violentos entre as duas partes.
Os manifestantes, liderados por oficiais reformados, tentaram invadir vários ministérios da cidade, sendo que chegaram a conseguir entrar no Ministério dos Negócios Estrangeiros na capital libanesa, onde queimaram um retrato do Presidente Michel Aoun.
"Tomámos o Ministério dos Negócios Estrangeiros para quartel-general da Revolução", anunciou o general na reforma Sami Rammah, diante de cerca de 200 pessoas que gritavam "Revolução".
Sami Rammah, que falava nos degraus da casa, danificada pelas explosões, apelou aos "países árabes, todos os países amigos, Liga Árabe e ONU para considerarem a (sua) revolução como o verdadeiro representante do povo libanês".
Os manifestantes que se concentraram no centro de Beirute pediram vingança contra os seus dirigentes e alguns tinham cordas, para simbolizar o seu enforcamento.
O protesto decorreu horas antes da conferência internacional por videoconferência marcada para este domingo, organizada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, e o secretário-geral da ONU, António Guterres. Esta reunião tem como objetivo reunir possíveis doadores, para ser criado um fundo de apoio ao Líbano devido às explosões.
Segundo o último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde libanês, o número de mortes devido ao incidente subiu para 158, pelo menos seis mil pessoas ficaram feridas e 21 continuam desaparecidas.
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