Boris Johnson quer que regresso às aulas aconteça já em setembro

Decisão é tomada sem apoio de professores.

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Notícias Ao Minuto com Lusa
10/08/2020 11:40 ‧ 10/08/2020 por Notícias Ao Minuto com Lusa

Mundo

Reino Unido

Boris Johnson voltou a reforçar a sua vontade de abrir as escolas britânicas na sua totalidade em setembro, apesar de a decisão não agradar aos professores, que temem uma segunda vaga do vírus de Covid-19.

Segundo o Mirror, o primeiro-ministro britânico terá recebido apelos das Associações de Líderes Escolares para que pense num Plano B, caso se verifique um novo surto da doença.

Entre as propostas apresentadas está a possibilidade de os alunos regressarem à escola de forma faseada, com uma semana de aulas na escola e a outra semana em telescola.

Contudo, esta segunda-feira, Boris Johnson voltou a reforçar que a "principal preocupação" será preparar "o regresso às aulas de forma integral em setembro".

"A forma como estamos a tentar gerir a pandemia de covid-19 é ter medidas locais implementadas e testes e rastreamento locais para introduzir restrições onde for necessário. Mas, como todos nós já dissemos, a última coisa que queremos é fechar as escolas. A educação é a prioridade do país e é simplesmente justiça social", afirmou o governante numa visita a uma instituição de ensino em Londres, defendendo que este regresso é o melhor "para o bem-estar físico e mental" dos mais novos, bem como a melhor opção para o "seu desenvolvimento educativo". 

As aulas nas escolas britânicas foram interrompidas para a maioria dos alunos em meados de março, quando foi introduzido um confinamento para travar a pandemia, continuando apenas abertas para os filhos de trabalhadores de serviços críticos. 

Em junho voltaram algumas classes dos primeiros anos e dos finalistas do ensino primário, mas muitas escolas não o fizeram devido a dificuldades em fazer cumprir as restrições em vigor. 

Hoje, o ministro da Educação, Gavin Williamson, disse existirem "poucos indícios" científicos de que o novo coronavírus é transmitido nas escolas, procurando contrariar insegurança dos pais ou de professores sobre o regresso às aulas. 

O governo tem estado sob pressão para melhorar o sistema de rastreamento da doença covid-19 e para se comprometer a fechar setores como bares ou restaurantes e outras lojas não essenciais no caso de serem necessárias restrições para controlar surtos locais, protegendo o funcionamento das escolas.

As escolas vão reabrir a partir de terça-feira na Escócia, onde o ano letivo começa mais cedo, na Irlanda do Norte a partir de 24 de agosto e no País de Gales a partir de 01 de setembro

O Reino Unido registou até agora 46.574 mortes, o número mais alto na Europa e o terceiro maior no mundo atrás dos EUA e Brasil. 

Apesar de o valor estar em declínio, bem como o de pacientes hospitalizados, o número de casos tem vindo a subir nos últimos dias. 

[Notícia atualizada às 14h30]

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