Mediadores do Egito em Gaza para reduzir tensões entre Hamas e Israel
Mediadores do Egito estiveram hoje na Faixa de Gaza num esforço para reduzir as tensões e evitar um novo conflito entre Israel e o movimento islâmico Hamas, que controla o enclave palestiniano.
© Reuters
Mundo Tensões
O Hamas indicou que os três enviados egípcios, generais dos serviços de informações, se dirigiram diretamente para as reuniões com as autoridades da Faixa de Gaza após entrarem no território.
A visita urgente acontece depois de nos últimos 10 dias se sucederem o lançamento de balões incendiários a partir da Faixa de Gaza e os ataques aéreos de Israel em represália, numa progressão constante da violência.
Israel também reforçou o bloqueio ao enclave, proibindo os pescadores de Gaza o acesso ao Mediterrâneo e encerrando Kerem Shalom, o único ponto de passagem de mercadorias para o enclave a partir de território israelita.
A Faixa de Gaza conta com dois milhões de habitantes, mais de metade dos quais vive sob o limiar da pobreza.
Na terça-feira a única central elétrica da Faixa de Gaza deverá fechar porque o encerramento de Kerem Shalom cortou o abastecimento de combustível, agravando a crise energética e deixando os residentes no território com cerca de quatro horas de eletricidade por dia.
O Hamas diz que Israel não cumpriu acordos feitos com a ajuda do Egito e do Qatar, segundo os quais o Estado hebreu devia aliviar o bloqueio, que impôs a Gaza desde que o movimento islâmico assumiu o controlo do enclave em 2007, e permitir projetos para ajudar a salvar a arruinada economia.
Os balões incendiários lançados nos últimos dias foram responsáveis por pelo menos 149 incêndios, indicaram responsáveis dos bombeiros israelitas.
"O exército israelita responderá vigorosamente a qualquer violação da sua soberania até que seja restabelecida a calma completa no sul do país", junto à Faixa de Gaza, advertiu no domingo o ministro da Defesa israelita, Benny Gantz.
O Hamas e Israel já travaram três guerras (2008, 2012, 2014) e apesar de uma trégua acordada o ano passado, apoiada pela ONU, pelo Egito e pelo Qatar, enfrentam-se esporadicamente com o risco de uma escalada mortal.
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