Do total de entrevistados, 59% disseram acreditar que a retoma das aulas presenciais piorará muito a situação da pandemia no país, e outros 20% avaliaram que a situação vai piorar um pouco.
Outros 18% afirmaram que não haverá efeito na disseminação do novo coronavírus, e 3% disseram não saber responder.
As mulheres demonstraram maior preocupação com o regresso às aulas: a sondagem indicou que 80% delas responderam que o retorno das crianças às atividades presenciais nas escolas vai piorar a pandemia. Já 17% disseram que não irá agravar e 3% não souberam responder.
Entre os homens, 77% responderam que o retorno das crianças as escolas poderia agravar a disseminação da covid-19. Outros 19% disseram que não vai piorar e 3% não responderam.
O Instituto Datafolha ouviu 2.065 pessoas no Brasil nos dias 11 e 12 de agosto por telefone.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de infetados e de mortos (mais de 3,3 milhões de casos e 108.536 óbitos), depois dos Estados Unidos.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 774.832 mortos e infetou mais de 21,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.