Os funcionários dos lares do Reino Unido foram incentivados a não reanimar os idosos residentes nas suas instalações durante o período de maior pico da Covid-19, no Reino Unido.
Segundo o jornal britânico Metro, o The Queen’s Nursing Institute terá sido um dos dez lares ou residências seniores a ser aconselhado pelo Serviço Nacional de Saúde do país, o NHS, a não reanimar os doentes. A ordem terá sido dada sem o conhecimento ou sem que o assunto fosse discutido quer pelos funcionários, quer pelos idosos ou seus familiares.
O objetivo seria desocupar camas de hospital que poderiam vir a ser necessárias para os doentes de Covid-19. A conclusão foi revelada num relatório do professor Alison Leary, da London South Bank University, que descreve a situação como "preocupante".
Um quinto dos 128 cuidadores e responsáveis por estas residências afirmaram ter recebido pacientes vindos do hospital que haviam testado positivo à Covid-19 entre março e abril.
Um dos inquiridos terá afirmado que os profissionais agiram "de acordo com os conselhos médicos e os desejos dos residentes, e não como aconselhado por uma diretiva a ser implementada para todos por um representante de um grupo de cuidados clínicos", uma vez que consideraram a decisão "antiética".
Segundo o responsável pelo estudo, esta decisão estaria a ser tomada pelos administradores do NHS britânico e não por médicos ou clínicos. A decisão afetava não só pessoas idosas, bem como doentes que apresentassem problemas cognitivos de todas as idades.