"O Serviço de Educação do Gana, após várias consultas, decidiu adiar o que resta do ano académico para as classes infantil, primária e os primeiros cursos do secundário e bacharelato", anunciou o Presidente do país, Nana Akudo-Addo, numa mensagem à Nação ao final da noite domingo.
O curso será retomado em janeiro de 2021, "com as alterações adequadas ao currículo, que assegurem que não se perde nada do ano anterior", acrescentou o Presidente.
Regressarão às aulas, em 05 de outubro, os últimos anos do equivalente no país ao secundário e bacharelato, ou seja, o último curso de Educação Básica e o ciclo do secundário, para que possam realizar os exames de acesso ao ciclo seguinte ou à universidade.
Os alunos do final da Educação Básica voltarão a aulas de um máximo de 30 crianças, enquanto os do final do ensino secundário o farão em classes de 25 estudantes e este curso durará 10 semanas para que possam estudar para os exames finais.
Para os restantes cursos, o ano começará em janeiro e serão tomadas medidas "para assegurar que cada escola, que não tenha uma enfermaria, esteja em contacto com um centro de saúde e se dê resposta a possíveis casos através de enfermeiras designadas por estes centros", informou Akudo-Addo.
Aos alunos e aos professores serão entregues máscaras, que devem levar para as aulas, e as escolas e institutos serão desinfetados.
O Gana, um dos países mais afetados pela pandemia em África, ainda que longe dos números de outras partes do mundo, conta com 44.205 casos positivos de covid-19. Em 276 dos casos, as pessoas morreram e a 42.777 pacientes foi dada alta.
No domingo, o Presidente anunciou também que vão reabrir as fronteiras a voos internacionais e os passageiros que apresentem um teste de covid-19 negativo podem entrar no país.
O Gana apostou, durante a resposta à pandemia, em medidas sociais, como subsidiar os custos de luz e gás em todo o país e aumentar a remuneração dos profissionais de saúde.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 843 mil mortos e infetou mais de 25 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.