A primeira 'ronda' da pandemia do novo coronavírus teve os médicos como heróis. Na segunda, junto a eles, serão os professores quem toma as rédeas em numerosas decisões. Para o secretário-geral de Educação do sindicato CC.OO, Paco García, a pressão a que as gestões das escolas estão atualmente a ser submetidas é "insuportável", reporta o jornal ABC.
O médico adjunto do serviço de urgência do Hospital Ramón e Cajal, em Madrid, César Carballo, declarou, através do Twitter, que, como médico e pai, considera que "abrir as escolas neste momento é uma loucura".
O agora rosto conhecido de um programa de televisão espanhol não escondeu a sua preocupação quanto à transmissão aérea do vírus nas aulas e a ventilação insuficiente em muitas delas, apesar de esse ter sido um dos pontos mais falados pela ministra da Educação, Isabel Celaá e pelo ministro da Saúde, Salvador Illa.
"São aulas com 26 pessoas, a respirar durante uma hora. Não será suficiente ventilar a sala", contrapôs o médico. O calendário do regresso às aulas em Espanha não está ainda totalmente fechado, mas nos próximos dias, quase 10 milhões de alunos voltarão às escolas.
A poucos dias do início de setembro, vários países da Europa prepararam o regresso presencial às escolas, mas as autoridades admitem estar preocupadas com uma segunda vaga de Covid-19, que tem estado a afetar os mais jovens.