Segundo um comunicado de imprensa da Guardia Civil (correspondente à GNR portuguesa), os 12 detidos na "Operação Aromas del Bosque" são acusados dos crimes de contrabando e de pertencerem a uma organização criminosa.
A investigação que levou ao desmantelamento deste grupo começou em 2019, após a apreensão de 700 quilos de tabaco cortado contrabandeado por cidadãos portugueses na Serra de Cádis (sul de Espanha).
Na altura, a polícia descobriu que o negócio ilícito se fazia com o envio para diferentes locais de Espanha e de Portugal de tabaco cortado e maços de cigarros de várias marcas comerciais, estes últimos introduzidos ilegalmente a partir de Gibraltar -- um enclave britânico no sul de Espanha.
Para fazer os envios da mercadoria ilegal, a organização utilizava diferentes armazéns que eram usados como centros logísticos e de distribuição, onde a mercadoria era guardada e preparada, dividindo o tabaco em diferentes quantidades para fazer as remessas.
De acordo com a polícia espanhola, os contrabandistas atraíam clientes através de anúncios em plataformas de venda de artigos na Internet, enviando em seguida as remessas através de empresas de entrega de encomendas.
A capacidade operacional da organização era de tal forma importante que os investigadores atribuíram a um dos detidos em Granada o envio de quase 15 toneladas de tabaco cortado para Portugal - 16 encomendas - e para diferentes partes de Espanha - 22 encomendas - em apenas dez meses.
Um dos contrabandistas foi preso nas montanhas de Cádis, onde a Guardia Civil efetuou duas buscas e detetou o carregamento de nove toneladas de tabaco ilegal com destino a Portugal.
Na província de Málaga (Andaluzia), os investigadores encontraram 1.550 quilos de tabaco cortado, balanças, três grandes máquinas para cortar, uma empilhadora e materiais de embalagem.