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OMS apela para que não se espere por vacina para controlar pandemia

A Organização Mundial de Saúde (OMS) apelou hoje para que não se espere pela vacina da covid-19 para controlar a pandemia, registando que na Europa há mais novos casos diários que em março, mas menos mortes.

OMS apela para que não se espere por vacina para controlar pandemia
Notícias ao Minuto

15:46 - 14/09/20 por Lusa

Mundo Covid-19

Intervindo numa sessão do comité para a Europa da OMS, o diretor-geral da agência das Nações Unidas, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que "se não se controlarem os contágios, mais pessoas morrerão" e mais aumentará "o risco real" de terem que voltar as medidas mais restritivas nas sociedades.

Até haver vacina para a doença, os países podem "usar as ferramentas existentes" para controlar os contactos, "prevenindo eventos amplificadores" de contágios, como os ajuntamentos de grandes dimensões, e salvaguardando "os mais vulneráveis".

Quando houver vacina, deve estar acessível a todos os países equitativamente, reiterou, afirmando que "num mundo interligado", se os cidadãos de países mais pobres forem excluídos da vacinação, "o virus continuará a matar e a recuperação económica mundial demorará mais".

Ghebreyesus defendeu ainda que só com sistemas nacionais de saúde robustos se conseguem enfrentar pandemias, considerando que essa é "uma das lições mais dolorosas" da covid-19.

Considerou que o investimento na saúde pública se pode equiparar às despesas militares para garantir a segurança das nações.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 924.968 mortos e mais de 29 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.871 pessoas dos 64.596 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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