Dois 'hackers' chineses foram indiciados em agosto de 2019 depois de ataques contra empresas do setor da tecnologia, mas também de videojogos nos Estados Unidos, França, Japão, Singapura e Coreia do Sul.
Dois cúmplices, empresários da Malásia, foram acusados um ano depois e presos na segunda-feira no seu país, a pedido dos EUA para a sua extradição, informou o ministério em nota.
Outros três chineses foram também indiciados este verão, suspeitos de terem introduzido programas maliciosos ('malware') nas redes de uma centena de entidades, empresas norte-americanas ou asiáticas, e também de uma associação internacional de luta contra a pobreza ou de ativistas pró-democracia de Hong Kong.
Segundo as autoridades norte-americanas, os cinco chineses ainda não foram detidos e estão provavelmente na China.
As operações não eram geridas pelo Governo de Pequim, mas um dos 'hackers' gabava-se de estar protegido pelos serviços de segurança chineses, de acordo com a acusação.
"Alguns desses criminosos pensavam que a sua associação com a República Popular da China lhes dava carta-branca para piratear e roubar o mundo inteiro", lamentou um alto funcionário do ministério, o procurador Michael Sherwin, citado no comunicado.
As acusações anunciadas hoje fazem parte de um esforço mais amplo da Administração do Presidente norte-americano, Donald Trump, para denunciar crimes cibernéticos chineses.
Em julho, os procuradores acusaram piratas informáticos de trabalharem para o governo chinês para atingir empresas que desenvolvem vacinas contra a covid-19 e roubar centenas de milhões de euros em propriedade intelectual e segredos comerciais de empresas de todo o mundo.