"Vamos permitir que as viagens internacionais de negócios e lazer retomem a partir de 01 de outubro", anunciou Cyril Ramaphosa, adiantando que "as viagens podem ser restritas de e para certos países que têm elevadas taxas de infeção".
O chefe de Estado disse que o Governo publicará em breve "uma lista de países com base em dados científicos mais recentes".
O Presidente sul-africano referiu que os viajantes serão obrigados a apresentar um teste negativo à covid-19 com menos de 72 horas de validade antes de viajarem ou serem submetidos a quarentena obrigatória à chegada ao país.
No seu discurso à nação sobre as novas medidas de desconfinamento da covid-19 na África do Sul, Ramaphosa declarou que a entrada no país "só poderá ser feita pelos postos de fronteira que permaneceram operacionais durante o confinamento" ou pelos principais aeroportos de King Shaka (Durban), OR Tambo (Joanesburgo) e Aeroporto Internacional da Cidade do Cabo.
"Em preparação para a reabertura das nossas fronteiras, as missões diplomáticas sul-africanas vão abrir para os pedidos de visto e os vistos de longo prazo serão revalidados", referiu.
Cyril Ramaphosa afirmou que o país fez "progressos suficientes" para passar para "uma nova normalidade", de confinamento de nível 1 da covid-19 à meia noite de domingo, 20 de setembro.
A África do Sul regista 15.705 mortos de covid-19 e 653.444 foram infetadas pelo novo coronavírus desde março, anunciaram hoje as autoridades da saúde.
África registou 252 mortos devido à covid-19 nas últimas 24 horas, para um total de 33.047 óbitos, e tem um acumulado de 1.365.689 infetados, segundo os números mais recentes da pandemia no continente.
Segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nas últimas 24 horas registaram-se, nos 55 Estados-membros da organização, mais 5.865 novos casos de infeção e mais 9.554 pessoas recuperaram, para um total de 1.116.545.
O maior número de casos e mortos continua a registar-se na África Austral, com 706.718 infeções e 16.794 óbitos.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 929.391 mortos e mais de 29,3 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.