O Reino Unido registou mais 11 mortes de pessoas infetadas pelo novo coronavírus, aumentando para 41.788 o total de óbitos associados à Covid-19. No que diz respeito ao número casos de infeção confirmados, verifica-se uma subida em relação à véspera, com mais 4.368 pessoas com diagnóstico positivo (no domingo foram reportadas 3.899), de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Departamento de Saúde e de Assistência Social britânico.
Até ao momento, 398.625 pessoas obtiveram diagnóstico positivo no conjunto da região, que inclui Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.
O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, admitiu hoje no parlamento não existir "dúvida de que este vírus está a acelerar".
O país já decretou algumas medidas mais restritivas por causa da pandemia, como a proibição da aglomeração de mais de seis pessoas, mas o aumento diário de contágios das últimas semanas levou o primeiro-ministro, Boris Johnson, a anunciar uma declaração oficial sobre a pandemia no parlamento, amanhã, após uma reunião do conselho de emergência.
A reunião da Comissão para as Contingências Civis, conhecida por COBRA e responsável por determinar medidas para situações de emergência nacional, é a primeira desde 10 de maio. Especula-se sobre se o anúncio dirá respeito a mais medidas a nível local ou a nível nacional.
Recorde-se que Patrick Vallance, o principal assessor científico de Downing Street, e Chris Whitty, diretor-geral de Saúde de Inglaterra, alertaram esta segunda-feira que o Reino Unido está "num ponto crítico" e que há risco de um "aumento exponencial" das mortes por Covid-19, numa conferência de imprensa. Os responsáveis explicaram que o número de infeções está a duplicar em média a cada sete dias e que, se este ritmo continuar, em meados de outubro o Reino Unido poderá registar 50 mil casos por dia, uma perspetiva que deixa Boris Johnson sob muita pressão para o anúncio de novas medidas.