Desde o passado mês de março que a pandemia global do novo coronavírus tem obrigado o grupo dos 20 países mais ricos do mundo a reunirem-se de forma remota através de videoconferências.
O rei Salman da Arábia Saudita presidiu em março a uma reunião virtual do G20 que se realizou de urgência para discutir uma resposta global contra a crise sanitária que está a afetar a economia mundial.
"A cimeira dos dirigentes do G20 em 2020 vai realizar-se de forma virtual nos dias 21 e 22 de novembro e vai ser presidida por sua majestade o rei Salman ben Abdel Aziz Al-Saoud", declarou o reino saudita através de comunicado.
Esta cimeira vai "concentrar-se em temas como a proteção da vida e o restabelecimento da confiança", acrescenta-se no comunicado, sublinhando-se que o objetivo é fazer face "às vulnerabilidades que foram detetadas durante a pandemia e lançar as bases para um futuro melhor".
A Arábia Saudita tenta melhorar a imagem do reino após repetidas acusações sobre violações dos direitos humanos.
Vários grupos de defesa dos Direitos Humanos exortaram os estados que fazem parte do G20 a pressionarem Riade a pôr fim à crescente repressão contra ativistas e dissidentes sauditas.
O presidente da câmara de Nova Iorque, Bill de Blasio, decidiu não participar na conferência Urban 20 que reúne os autarcas das grandes cidades dos países que constituem o G20, organizada na Arábia Saudita, respondendo aos apelos para boicotar o evento por causa do assassínio do jornalista Kamal Kashoggi.
O assassínio de Kashoggi no dia 02 de outubro de 2018, no consulado saudita em Istambul, afetou fortemente a reputação do reino saudita e o príncipe herdeiro Mohamed ben Salman acusado pela Turquia de mandar matar o jornalista que se tornou crítico do regime de Riade.