Segundo o Governo regional vai ser restringida a entrada e saída de pessoas destas duas cidades a partir de terça-feira e durante pelo menos 14 dias, cumprindo assim critérios de luta contra a pandemia estabelecidos pelo Governo espanhol e já em vigor em Madrid.
Palência (a cerca de 200 km da fronteira portuguesa) já aplica, sem resultado, há quase duas semanas medidas que limitam a lotação máxima de pessoas em locais públicos e privados, tendo hoje uma incidência de 536,71 casos por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias.
Quanto a Leão (a cerca de 170 km da fronteira portuguesa), cuja evolução já era preocupante na semana passada, os dados indicam a existência de 510,45 casos por 100.000 habitantes.
As medidas aprovadas para municípios com mais de 500 casos em média, que seguem o modelo em vigor em Madrid desde sábado, são obrigatórias e incluem, entre outras coisas, a restrição da entrada e saída de pessoas dos respetivos municípios, exceto deslocações "devidamente justificadas", tais como ao médico, ao trabalho, centros educativos, assistência a idosos, menores e dependentes; e viagens a bancos, tribunais ou outros organismos públicos.
As reuniões familiares e sociais, a menos que coabitem, são limitadas a seis pessoas e a capacidade máxima dos estabelecimentos comerciais e serviços abertos ao público é reduzida a 50%, devendo fechar o mais tardar até às 22:00 horas.
Para hotéis, restaurantes, cafés e bares a capacidade permitida não pode exceder 50% no interior e 60% no exterior, e o consumo ao balcão é proibido, devendo estar encerrados às 23:00.
Segundo o Governo regional, na capital de Castela e Leão, Valladolid, a incidência de casos nos últimos 14 dias é de 336,65 por 100.000 habitantes.
Existem atualmente sete outros municípios com medidas menos restritivas do que em Madrid, porque adotaram as medidas mais cedo e têm menos de 100.000 habitantes, incluindo Miranda de Ebro em Burgos e Medina del Campo em Valladolid.
Quanto às províncias, a incidência por 100.000 habitantes é de 294 em Ávila; 384 em Burgos; 497 em Leão; 442 em Palência; 364 em Salamanca; 233 em Segóvia; 204 em Sória; 381 em Valladolid ocidental e 504 em Valladolid oriental, e 322 em Zamora.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e trinta mil mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 2.005 em Portugal.
Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (42.268 mortos, mais de 467 mil casos), seguindo-se Itália (35.986mortos, mais de 325 mil casos), França (32.198 mortos, mais de 606 mil casos) e Espanha (32.086 mortos, mais de 789 mil casos).