Polícias de Cabo Verde trabalham até 90 horas semanais

O presidente do Sindicato da Polícia Nacional (PN) de Cabo Verde, José Barbosa, denunciou hoje a excessiva carga horária no seio da classe, indicando que há polícias que trabalham até 90 horas semanais, mais do dobro legal.

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Lusa
06/10/2020 16:20 ‧ 06/10/2020 por Lusa

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José Barbosa

 

"news_bold">"Perante a legalidade que, em princípio, devia ser de 40 e tal horas, temos elementos nossos a trabalhar 50, 60, 70, 80, 90 horas por semana. Dá o dobro do seu tempo e aufere o mesmo ordenando de que outro colega que apenas se limita a dar o seu tempo legal", denunciou José Barbosa, à saída de uma audiência com o Presidente da Pública, Jorge Carlos Fonseca.

Segundo o presidente do Sindicato Nacional da Polícia Nacional (SINAPOL) de Cabo Verde, a questão da excessiva carga horária agudizou-se agora no seio da classe neste período de pandemia de covid-19, mas afirmou que esses profissionais entenderam a realidade e tem estado a contribuir com mais esforço.

"O pessoal está a fazer de tudo para ajudar toda a sociedade cabo-verdiana a ultrapassar esta presente situação que nós vivemos", salientou José Barbosa, que além da carga horária, levou ao chefe de Estado outras preocupações, como os subsídios e diversos outros normativos.

Entre eles está a falta de aprovação dos novos estatutos da Polícia Nacional, falta de promoções, com profissionais que ficam até 15 anos para passar de uma categoria para a outra.

Outra questão que "não ata nem desata", apontou, são os serviços sociais da PN, o que para o líder sindical deve ser assumido por todas as autoridades com um novo modelo de gestão, "com rigor, com transparência, com prestação de contas, com relatórios".

"Isso influirá positivamente na forma como a Polícia Nacional deve dar resposta à segurança no país", reforçou José Barbosa, referindo que outra "questão premente" é o direito ao subsídio de condição policial da Guarda Fiscal.

O líder sindical disse que até agora a Guarda Fiscal é o único ramo da Polícia Nacional que ficou impedido de receber esse subsídio pelo facto de ser polícia.

"Achamos por bem trazer isso numa lógica e princípio de justiça e coerência. Achamos que muito rapidamente deve haver uma solução à volta disto, ou seja, a solução estão à vista, só falta verter isto na prática, a sua implementação", sustentou o presidente da SINAPOL.

Da mesma forma, o presidente criticou a suspensão dos emolumentos da Polícia Marítima e exigiu a sua reposição. "É uma injustiça retirar da forma como foram retirados os emolumentos da Polícia Marítima e enquanto sindicatos exigimos a reposição desse direito".

Apesar destes assuntos pendentes, o presidente da SINAPOL destacou os "ganhos satisfatórios" conseguidos pela PN nos últimos anos.

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