Hamas e Israel cumpriram sexta troca de reféns por prisioneiros

O movimento islamita Hamas e Israel cumpriram hoje a troca de três reféns por 369 prisioneiros palestinianos, a sexta realizada no âmbito do cessar-fogo entre as duas partes, que esteve em risco na última semana.

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Lusa
15/02/2025 14:51 ‧ há 8 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

As autoridades de Israel libertaram os 369 prisioneiros palestinianos que estavam em prisões israelitas, alguns dos quais a cumprirem penas de prisão perpétua, depois de terem recebido três homens reféns que estavam em Gaza desde o ataque liderado pelo Hamas, em 07 de outubro de 2023.

 

O acordo de cessar-fogo entrou em vigor em 19 de janeiro, após 15 meses de uma guerra devastadora em Gaza entre Israel e o Hamas, desencadeada por um ataque sem precedentes do movimento islamita em solo israelita.

Após 498 dias de cativeiro em Gaza, Sacha Trupanov, um israelita-russo de 29 anos, Yair Horn, um israelita-argentino de 46 anos, e Sagui Dekel-Chen, um israelita-americano de 36 anos, foram libertados em Khan Younis.

Antes de serem entregues à Cruz Vermelha Internacional e transferidos pelo Exército para Israel, os três homens subiram a um palco, cercados por combatentes do Hamas e da Jihad Islâmica, um movimento palestiniano aliado.

Os três reféns agora libertados, que serão sujeitos a exames médicos, foram sequestrados do Kibutz Nir Oz (sul de Israel) durante o ataque do Hamas. Das 251 pessoas levadas para Gaza nessa altura, 70 ainda estão detidas.

Entre os prisioneiros palestinianos mais proeminentes libertados está Ahmed Barghouti, de 48 anos, um conselheiro próximo do líder militante e figura política palestiniana Marwan Barghouti.

O Kremlin já agradeceu ao movimento Hamas a libertação do refém russo-israelita que estava na Faixa de Gaza.

"Moscovo saúda a libertação de Alexander Trufanov (identificado por Israel como Sasha Trupanov) e expressa a sua gratidão à liderança do Hamas por tomar esta decisão", referiu o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, de acordo com a agência de notícias RIA Novosti.

A libertação dos reféns e dos prisioneiros ocorre num momento em que o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, é esperado em Israel esta noite.

Rubio deve se encontrar com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que já afirmou que quer trabalhar com os EUA para libertar todos os reféns "o mais rápido possível", enquanto o Hamas pediu a Washington que "force" Israel a respeitar seus compromissos do cessar-fogo.

Mediadores do Egito e do Qatar intensificaram esforços para preservar o cessar-fogo, depois de o Hamas ter ameaçado, nos últimos dias, suspender as libertações de reféns e de Israel ter admitido retomar a guerra, com os dois lados a alegarem violações do acordo.

Israel confirmou que libertou 369 prisioneiros palestinianos, que foram transportados em autocarros para a Faixa de Gaza e para a Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967, onde foram recebidos por multidões.

Em Ramallah, na Cisjordânia, os ex-prisioneiros foram colocados em ombros e abraçaram os seus familiares. Quatro deles foram hospitalizados.

O ataque de 07 de outubro resultou na morte de 1.211 pessoas do lado israelita, a maioria civis, de acordo com uma contagem da agência AFP baseada em dados oficiais e incluindo reféns que morreram ou foram mortos em cativeiro.

A ofensiva de retaliação israelita em Gaza deixou pelo menos 48.264 mortos, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados confiáveis pela ONU, e causou um desastre humanitário no território.

Leia Também: Libertação de reféns? Trump encarrega Israel de decidir sobre ultimato

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