Donald Trump diz que contrair Covid-19 foi uma "bênção de Deus"
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse hoje que contrair covid-19 foi uma "bênção de Deus" e garantiu que isso ajudará a "curar" outros norte-americanos, apesar de o próprio ainda não ter superado a doença.
© Lusa
Mundo Covid-19
Embora os seus médicos afirmem que o presidente não estará fora de perigo antes de segunda-feira, Trump explicou que, desta forma, pôde comprovar em si mesmo o efeito do cocktail experimental de anticorpos sintéticos da farmacêutica Regeneron, que foi aplicado a menos de 10 pessoas fora dos ensaios clínicos.
"Para mim não foi algo terapêutico, fez com que me sentisse melhor, chamo a isso uma cura. E quero que toda a gente tenha o mesmo tratamento que o seu presidente", afirmou Trump num vídeo publicado no Twitter.
Nesse sentido, Trump explicou que o seu governo planeia aprovar com caráter de urgência o cocktail da Regeneron que lhe foi administrado e garantiu que o mesmo será distribuído gratuitamente.
A declaração foi feita um dia depois de a Agência do Medicamento dos Estados Unidos (FDA) estabelecer critérios de aprovação de uma futura vacina contra a covid-19, que tornam improvável a sua autorização antes das eleições presidenciais em 03 de novembro.
A MESSAGE FROM THE PRESIDENT! pic.twitter.com/uhLIcknAjT
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) October 7, 2020
O vídeo onde Donald Trump produziu estas declarações foi gravado fora da ala oeste da Casa Branca, onde o presidente norte-americano esteve hoje a trabalhar na sala oval, apenas seis dias depois de ter testado positivo à covid-19.
O comportamento do presidente, desde que abandonou o hospital, na segunda-feira à noite, tem sido alvo de críticas e escrutinado com particular atenção no momento em que o número de trabalhadores da Casa Branca que testaram positivo para o novo coronavírus não para de aumentar.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (210.918) e também com mais casos de infeção confirmados (mais de 7,5 milhões).
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e cinquenta e um mil mortos e mais de 35,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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