França identificou mais de 200 estrangeiros ilegais para expulsar
O Governo francês tem identificados mais de 200 cidadãos estrangeiros em situação irregular que, segundo os serviços secretos do país, estão envolvidos em atos de radicalismo terrorista e que, na maioria, estão atualmente detidos.
© Reuters
Mundo Radicalismo
Os números foram avançados pelo ministro do Interior de França, Gerald Darmanin, numa conferência de imprensa em que indicou que estão previstas reuniões com delegados do Governo para se proceder a um seguimento individual de cada um dos processos.
O número preciso de estrangeiros ilegais que deverão ser expulsos não é coincidente entre as agências noticiosas internacionais, com a France-Press (AFP) a dar conta de 231 e a espanhola EFE de 251.
Darmanin indicou que os serviços secretos franceses têm ficheiros sobre cerca de 22.000 indivíduos por poderem constituir uma ameaça terrorista, em que 4.111 deles são estrangeiros e 851 em situação irregular.
Dos 851 ilegais suspeitos de vínculos a movimentos radicais (na sua grande maioria ligados ao integrismo islâmico), acrescentou, 661 foram já alvo de decisões judiciais ou administrativas, tendo sido aplicadas de forma efetiva a 428.
Dos restantes, há 151 que não podem ser alvo de expulsão, por exemplo, porque os países de origem não são seguros, como o caso da Líbia, e 180 estão atualmente na prisão.
"Faltam ainda 231 pessoas que teremos de expulsar [de França], pois estão em situação irregular e estão a ser objeto de uma vigilância por suspeita de radicalização", sublinhou Darmanin.
Desde 01 de setembro, as autoridades policiais francesas efetuaram 154,687 operações de controlo, que resultaram em 831 detenções pelo consumo e tráfico de estupefacientes.
No mesmo período, as forças de segurança francesas apreenderam 2,1 toneladas de canábis, 43,6 quilogramas de heroína e 644 quilogramas de cocaína, bem como 955.419 euros em dinheiro e 136 armas.
Darmanin também anunciou hoje terem sido encerrados em setembro "12 locais de radicalização", incluindo uma mesquita não declarada e uma escola particular, um estabelecimento cultural, cinco lojas e um estabelecimento de bebidas.
No total, 73 locais suspeitos de radicalização foram fechados desde o início do ano na França.
A França tem sido alvo, desde 2015, de uma vaga de atentados que já provocaram 258 mortes.
No início deste mês, o Presidente francês, Emmanuel mácron, apresentou um plano de ação contra o "separatismo islâmico" e anunciou várias medidas, como, entre outras, a obrigação de toda a associação que solicite uma subvenção pública assinar uma carta da laicidade, o reforço das escolas privadas confessionais e a limitação estrita de instrução escolar no domicílio.
À direita, o Governo francês é criticado por "laxismo", enquanto uma parte da esquerda pela "estigmatização dos muçulmanos".
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