Covid: Boris alerta para situação "grave" em Manchester e admite intervir
A situação na área metropolitana de Manchester é "grave e piora diariamente", admitiu hoje o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, prometendo a intervenção governamental se os autarcas locais não aceitarem impor mais restrições para travar a pandemia de covid-19.
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Mundo Pandemia
O primeiro-ministro disse que o número de infeções na região duplicou nos últimos dias e que os casos se alargaram às faixas etárias mais altas, pelo que "sem ação, não há dúvida" de que o NHS [serviço de saúde público] "vai ter problemas".
"Dentro de duas semanas, haverá mais pacientes nas UCI [unidades de cuidados intensivos] do que no pico da primeira onda", avisou, durante uma conferência de imprensa sobre a crise da pandemia.
Johnson revelou que o governo ainda não chegou a um acordo com os autarcas da região de Manchester, que não querem passar ao nível máximo de restrições sem mais apoio económico.
Num comunicado conjunto, os presidentes das Câmaras Municipais de Manchester, Andy Burnham, de North Tyne, Jamie Driscoll, e de Liverpool, Steve Rotheram, exigiram que o governo pague 80% dos salários de trabalhadores afetados, em vez dos 67% atualmente previstos, e pedem ajuda para os trabalhadores independentes.
A zona de Lancashire, no norte de Inglaterra, que inclui Blackpool, vai juntar-se este sábado à área de Liverpool no nível "muito elevado", o mais alto de uma escala de três níveis de risco criada pelo governo de acordo com o valor de infeções de covid-19.
A maior parte da Inglaterra encontra-se no nível mais baixo desta escala, o que implica a proibição de ajuntamentos com mais de seis pessoas e o encerramento de bares e restaurantes às 22:00.
Para além destas medidas, o nível máximo proíbe o convívio entre agregados familiares diferentes e negócios como bares, ginásios e casas de apostas são obrigados a fechar.
Londres, juntamente com Essex, Elmbridge, Barrow-in-Furness, York, North East Derbyshire, Erewash e Chesterfield, vão passar no sábado para o segundo nível, cujas restrições proíbem a sociabilização de núcleos familiares diferentes em espaços fechados, incluindo 'pubs' e restaurantes.
Ao todo, metade da população de Inglaterra, cerca de 27 milhões de pessoas, vão passar a viver em áreas com restrições mais rigorosas.
O Reino Unido registou 15.650 novas infeções de covid-19 e 136 mortes nas últimas 24 horas, informou o ministério da Saúde britânico.
O total acumulado desde o início da pandemia no Reino Unido é agora de 43.429 mortes, mas o balanço sobe para 57.690 se forem tomados em conta aquelas cujas certidões de óbito fazem referência à covid-19, mesmo se a infeção não foi confirmada por teste.
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