"É horrível", "é uma loucura", "estou confuso" e "temos medo" foram algumas das reações de moradores, pais e encarregados de educação dos alunos deste colégio, depois do homicídio de um professor de História, dá conta a France-Presse (AFP).
O suspeito decapitou a vítima e terá gritado "Allah 'Akbar" quando foi baleado pela polícia. O alegado autor do ataque acabou por morrer.
Apesar de ainda não serem conhecidas as motivações para este homicídio, as autoridades estão a considerar a hipótese de um ataque terrorista com motivações religiosas, pelas palavras que o suspeito gritou e porque, entretanto, se soube que a vítima terá exibido caricaturas de Maomé durante uma aula sobre liberdade de expressão.
"Nada acontece aqui", disse, surpreso, Mohand Amara, um morador de 45 anos.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, já reagiu ao ataque, classificando-o como um "característico ataque terrorista islâmico".
Contudo, Macron disse que "o obscurantismo não vencerá".
"Um dos nossos compatriotas foi morto hoje porque ensinou (...) a liberdade para acreditar e não acreditar", acrescentou Macron, desta vez citado pela Associated Press (AP).
De acordo com uma fonte da investigação a este homicídio, a polícia também está interessada numa fotografia na rede social Twitter, através de um utilizador que, entretanto, encerrou a conta, da cabeça decapitada da vítima.
As autoridades estão a tentar perceber se esta fotografia foi publicada pelo alegado autor do homicídio ou por outra pessoa.
A AFP dá conta de que a fotografia acompanhava uma mensagem dirigida ao Presidente francês, Emmanuel Macron, apelidado de "o líder dos infiéis".
"Executei um dos cães infernais que ousou menosprezar Muhammad [o profeta Maomé]", explicitaria esta mensagem.
O homicídio ocorreu cerca das 17h00 locais (16h00 em Lisboa).