Centenas de pessoas saíram às ruas de França para defender a liberdade de expressão e a condenação da violência após a decapitação de Samuel Paty, na passada sexta-feira. O professor, que ensinava História e Geografia, foi decapitado nas imediações do colégio onde trabalhava, por mostrar aos seus alunos caricaturas de Maomé.
A mayor de Paris, Anne Hidalgo, e o primeiro-ministro, Jean Castex, também marcaram presença na manifestação deste domingo, que decorreu na Praça da República, local onde tradicionalmente decorrem manifestações.
O crime, cuja investigação está a ser tratada como um "homicídio relacionado com uma organização terrorista e associado a terroristas", ocorre três semanas após o ataque islâmico em frente às antigas instalações do Charlie Hebdo, que feriu duas pessoas.
No total, já foram detidas nove pessoas, sendo que duas delas são pais de um estudante do colégio onde a vítima trabalhava.
O autor do crime, que foi abatido pelas autoridades, publicou várias imagens nas redes sociais do cadáver decapitado, tendo sido depois encurralado pela polícia numa cidade vizinha. Antes do homicídio, o homem, que aguardava no exterior da escola pelo professor, pediu a vários alunos para o identificarem.
Será prestada uma homenagem nacional na quarta-feira em coordenação com a família do professor assassinado, anunciou a Presidência da República sem especificar o local.